sábado, 20 de março de 2010

"Na bolsa dos Valores, O Humanismo anda em baixa."



por Isaac Bonfim em
comunidade no orkut

Parece incrível que nós, seres humanos, consigamos ter uma visão tão mesquinha, egoísta e rasteira de uma determinada situação e não quero soar ofensivo ou arrogante, mas não consigo pensar em outras palavras para classificar o que hoje parece ser consenso entre a sociedade conquistense. 

Estamos vivendo novos tempos em nossa cidade onde homicídios mal explicados se tornaram números nos plantões policiais e apenas isso, o direito à vida, ao julgamento, à defesa, enfim ao “Estado de direito” parece ser exclusivo dos que possuem também o direito ao consumo de forma “legal”, a violência gratuita e hedionda que assola os bairros periféricos da cidade se tornou banalizada por aqueles que se consideram os verdadeiros donos da polis, como se a marginalização do outro fosse apenas uma vontade do individuo e não o resultado da desigualdade, da falta de educação, da falta do que vestir, do que comer, enfim... de condições básicas para que qualquer ser humano possa ser, de fato, alguém.

Não defendo o crime e nem o criminoso, mas não há de existir pior caminho para a resolução do problema da criminalidade do que a idéia de matar indiscriminadamente qualquer individuo que nela esteja inserido, e é justamente este o caminho que grande parte da sociedade conquistense parece escolher para sentir segurança. Autorizando quem quer que seja a matar colocamos em cheque o sentido de humanismo, é como deixar a senha para a completa irracionalidade, é declarar uma guerra onde não terá vencedores.

O discurso acomodado do principio natural da violência é enfadonho, desanimador e covarde, é mesquinho, egoísta e rasteiro, é enfim desumano. E para os que acreditam nesse discurso, deixo Brecht falar por mim:

“Quanto mais numerosos os que sofrem, 
mais naturais parecem seus sofrimentos, 
portanto. Quem deseja impedir que se molhem os peixes do
mar?
E os sofredores mesmos partilham dessa dureza contra si e deixam que
lhes falte bondade entre si.

É terrível que o homem se resigne tão facilmente com o existente,
Não só com as dores alheias, mas também com as suas próprias.
Todos os que meditaram sobre o mau estado das coisas recusam-se a apelar
à compaixão de uns por outros.

Mas a compaixão dos oprimidos pelos
oprimidos é indispensável.
Ela é a esperança do mundo."


Nota: No texto: “Quem fala em nome da UESB?” alguns indivíduos com dificuldade em interpretação de texto – imagino que seja isso – não conseguiram entender que o principal foco do texto não era a polícia e sim a administração central da UESB que em um atitude anti-democrática e sem nenhum tipo de consulta à comunidade acadêmica se coloca favorável a essa ou aquela atitude de uma instituição que passa por uma investigação a pedido de órgãos da sociedade civil e do próprio estado.

Me Retiro da discussão sobre esse assunto por entender que não existe pior modo de discussão do que aquela que vai ao campo pessoal. 

Alguns não conseguem entender que pontos de vista foram feitos para serem respeitados.

Apesar de não concordar com o pensamento nazista de alguns dessa comunidade, reitero meu respeito a essas pessoas, mas lamento profundamente pelo estágio de desenvolvimento de suas consciências.

Saudações!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Quanto menos se cumprirem as leis mais seremos capazes de amar um ser humano


Não tenho bem certeza, mas tenho uma certa intuição de que é Montesquieu quem faz uma distinção entre a justiça moderna e as justiças primitivas: a noção de tempo é que moderniza a justiça. Leis de Talião e a Lei do olho por olho dente por dente, aberrações primitivas que não asseguravam o tempo necessário para que o réu se defendesse dos crimes que lhe eram imputados, são procedimentos que mancham a história humana, escrevem as páginas mais bárbaras da saga humana por este mundo sem rumo, sem sentido.

Já escrevi sobre isso uma certa vez, e volto à carga hoje novamente. O tempo se transformou numa espécie de moeda de troca das justiças modernas, uma vez que vivemos na sociedade do Código Penal, no reinado absoluto das negociações dos conflitos, por mais insignificantes que sejam, na Justiça, o tempo é o bem mais precioso que o dinheiro pode comprar.

Os sofismas categóricos kantianos são empurrados na cara dos pobres, dos que morrem à míngua sem dinheiro para comprar o tempo nas engrenagens das tramitações dos processos na Justiça: um pedido de aposentadoria de pobre leva intermináveis meses para tramitar; uma liminar de pobre corre a passos de tartaruga, assediado pelas ironias dos juízes de plantão, que arrotam o imperativo kantiano na cara dos infelizes desassistidos: “a ninguém é dado o desconhecimento da lei, então, que espere”. Tenho desprezo por quem pronuncia uma frase como essa, viro as costas, rogo praga, desejando o pior dos infernos a quem repete um clichê como esse na cara de uma pessoa pobre, sem nada.

Ora, os códigos penais da vida têm mais de 300 páginas; a Constituição, mais de 200; os códigos civis, mais de 400; os estatutos de funcionários públicos, mais de 100; os regimentos do inferno... cala-te boca! Nem os advogados, os especialistas em leis, conhecem-nas por completo. Como é possível conhecer a lei? Como alguém tem o acinte de dizer uma coisa dessas?

Dia desses, ouvi de uma professora essa frase. Fiquei com pena da mulher. Na faixa dos setenta anos, repetindo uma coisa dessas, é sinal de que jogou a vida fora, é sinal de que passou a vida toda repetindo clichê kantiano.

Kant inventou o telemarketing, a impessoalidade, a frieza, a criminosa isenção da justiça moderna, que só vale para os pobres – para os ricos, monitorados pelo braço armado de uma esquadrilha de advogados, nem é necessário conhecer as leis: eles pagam para que a tropa de choque advocatícia deles leia as intermináveis páginas dos códigos para eles. Mundo cruel, injusto. Pois, quanto menos se cumprirem as leis, seremos muito mais capazes de amar.

A engrenagem cruel do pedido de aposentadoria de um doente terminal sacaneou tanto que, quando a aposentadoria foi aprovada por essas procuradorias públicas preguiçosas do estado, o doente já havia morrido há oito meses, diz notícia recente de jornal.

Foi necessário passar por todas as instâncias, deixar tudo para o último dia, esticar ao máximo o prazo, mover o tempo ao gosto da burocracia, até que não fosse mais possível, aí, então, concedeu-se o direito, mas a um defunto. Revoltante!

O filósofo dinamarquês Kierkegaard propõe uma hierarquização de um ser humano: no nível mais elementar estaria o homem natural, movido pela cegueira de devorar seu semelhante, sem reconhecer nele a si mesmo; o nível intermediário compreende o lugar onde se encontra o homem que cumpre as leis, assediado pelo direito do outro; o homem extraordinário, nível a que todo ser humano autêntico deve almejar, ama os outros, tem para com os outros as melhores intenções, noutros termos, não sacaneia os outros, compreende, estende a mão, não debocha, aceita, compadece – o homem extraordinário é sublime. Coisa que não passa pela cabeça dessas procuradorias públicas do estado, que espezinham, humilham, sufocam, tornam-se guardiães privadas do direito do estado, como se esses direitos pertencessem a uma classe (aquela da tropa de choque dos advogados) que deles pode usufruir – aos outros, o interminável tempo “previsto nos regimentos”.

Amar um ser humano exige driblar as leis modernas. Saímos de um extremo a outro: saímos das relações de compadrio e promiscuidade do Brasil colonial para a mais completa indiferença e impessoalidade do tempo do telemarketing: Kant acabou vencendo!

Chegamos a um momento da vida humana em que confiar na justiça dessas procuradorias se transformou em algo angustiante, um fardo pesado, uma total desfaçatez. Aqui na Bahia é melhor nem disputar espaço, na sociedade dita civilizada, por uma posição, um emprego público: seremos sempre vítimas do humor desses procuradores e dessas procuradoras. É melhor se conformar e cuidar para sobreviver com um salário mínimo de vendedor ambulante do que estudar, “ser alguém na vida”, e cuidar para morrer cedo, a morrer de desgosto na fila de pedido de aposentadoria do estado, humilhando-se para que o processo tramite, assediado pelo pedido de juntadas intermináveis que essas procuradorias inventam para conceder o benefício da aposentadoria.

Escrevo este artigo a pedido de um amigo, que levou inacreditáveis três anos para que a aposentadoria dele fosse aprovada, humilhado nas idas e vindas, na adulação medonha desses funcionários do INSS, que cacarejam estar cumprindo a lei, a mando da procuradora, que pedia documentos e mais documentos.

O sistema funciona justamente para impedir ao máximo que as pessoas sigam o seu rumo. O INSS funciona para atrasar ao máximo a coisa toda. E isso vale para o sistema judiciário como um todo. Infeliz o dia em que alguém precisar da justiça no Brasil: vai morrer à míngua, à espera de uma assistência que nunca chega.

O tempo moderniza a justiça para fetichizá-la: transformá-la em algo apenas da ordem do desejo, dos sonhos, do onírico, da vontade de apenas tê-la. É como o indivíduo que se masturba pensando no objeto ideal de desejo, alimentando a vontade de um dia fazer sexo com a pessoa que tanto almeja, mas sem nunca alcançá-la. O indivíduo que se masturba, que troca o mundo real pelo objeto de fetiche, tem a ilusão de que um dia vai ter quem quer, em condições ideais, “o bezerro de ouro bíblico”, o dia em que será premiado pelo corpo da revista. A justiça age assim, solapando a vontade da pessoa de ter o que ela deseja, mas quando chega o dia em que é assistido com justiça pela letra da lei, ela já morreu.

A ninguém é dado desconhecer a lei, dizem os incautos, papagaios kantianos. Pois eu digo que, quanto mais a lei se cumpre, mais odiamos o semelhante.


Escrito por BRAULINO SANTANA às 02h06

terça-feira, 16 de março de 2010

Denúncias de corrupção no Projeto de Avicultura Familiar detona crise na UESB


9 de Julho de 2008, às 2:29h

Por Caíque Santos e Alberto Oliveira 
reuniao.jpg
Uma investigação da Auditoria Geral do Estado, iniciada em 2002, finalmente veio público através da Associação dos Docentes da UESB, a ADUSB. Parte do relatório da AGE foi divulgada aqui no Núcleo de Notícias desde a semana passada.
Apesar de já estar em andamento dentro da UESB um processo administrativo disciplinar, os professores decidiram acionar sua procuradoria jurídica para interpelar judicialmente a atual administração da UESB, “a ADUSB deve tomar todas as medidas jurídicas e penais contra os que deram causa a essas denúncias”, afirmou seu presidente, Cristiano Ferraz.
Dentre as medidas jurídicas que pretende tomar, A ADUSB irá pedir o afastamento do advogado que preside o processo administrativo por entender que existe um impedimento ético, uma vez que o mesmo já teve ligações com a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FADCT) da UESB.
Graves denúncias
uesb_frangos.jpgImprobidade administrativa, mau uso de dinheiro público, recibos falsificados, compras superfaturadas e contratações indevidas, são algumas das irregularidades que o relatório atesta e que a ADUSB promete investigar profundamente. Novos documentos comprobatórios serão entregues aos advogados da ADUSB ainda hoje (9).
A principal denúncia contra a gestão do reitor Abel Rebouças envolve o projeto de Avicultura Familiar, aprovado pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) em 2005, que tinha por objetivo ajudar pequenos produtores capacitando-os para trabalhar com a atividade avícola.
Para este programa, a UESB recebeu quase 10 milhões de reais, para atendimento a 28.000 famílias. A empresa Avimil Comércio de Frangos Ltda, foi escolhida pela instituição para executar o projeto.
O relatório da AGE, constatou diversas irregularidades no programa, implicando a UESB, Avimil e as empresas juniores ligadas aos cursos de Agronomia e Administração.
Contratos sem licitação
O relatório diz que a UESB contratou a Avimil e as empresas juniores “através de inexigibilidade de licitação, sem atender aos ditames legais”. O auditores constataram através de visitas “in loco” em municípios beneficiários do programa a “ocorrência de deficiências marcantes na atuação da Uesb e de seus contratados, comprometendo fundamentalmente a implementação e sucesso do Programa de Avicultura Familiar”.
Acusações contra a AVIMIL
Segundo o relatório, a empresa Avimil teria supervalorizado os preços dos produtos distribuídos, resultando num superfaturamento da ordem de R$2,58 milhões. A Avimil teria entregue a cada família beneficiada, 40Kg de ração, apesar de ter cobrado da Uesb o valor referente a 60Kg/família. Isso resultou num pagamento a mais de R$ 532.000,00.
O relatório prossegue dizendo que “até o encerramento dos trabalhos de campo, em 17.11.2006, a Avimil só havia entregue 12.237 dos 20.000 kits referentes ao contrato 029/05. Não obstante, recebeu o valor total do contrato, R$ 5,67 milhões”.
Acusações contra as empresas Juniores
empresas.jpgO relatório da AGE aponta para irregularidades num contrato feito entre as duas empresas: “As empresas juniores de Administração e de Agronomia foram contratadas para prestação de serviços de assistência técnica e capacitação das famílias. A primeira pelo valor de R$ 420.000,00 e a segunda, por R$ 532.000,00. Essas empresas, na realidade, utilizam-se dos alunos da Uesb para prestação desses serviços. A empresa Junior de Administração terminou por assinar um convênio de cooperação técnica com a de Agronomia para que essa fizesse a assistência técnica. Essa transferência do objeto contratual estava proibida no contrato entre Uesb e empresas juniores”, diz o relatório.
Além disso, foram encontrados indícios de que na empresa Junior de Administração, ocorreram cobranças indevidas por serviços não prestados de assistência técnica com a emissão de falsos recibos, fotocopiados a partir de um único recibo original verdadeiro.
O relatório da AGE atribui à UESB a culpa pelo desencontro entre o número de kits entregues nos controles da Avimil e da Empresa Junior de Agronomia. Para os auditores, após a entrada da Avimil, a UESB teria deixado de supervisionar as atividades.
Denúncias antigas
Apesar da “bomba” ter estourado agora, as denúncias não são novas. Em meados de 2006, a bancada estadual do PT havia entrado com uma ação popular na 8ª Vara da Fazenda Pública e representação no Ministério Público contra o Estado da Bahia e o reitor Abel Rebouças. As ações alegavam que a AVIMIL estava desativada há dois anos até a assinatura do contrato e era ré em processo de execução judicial iniciado em 2002 pela Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia).
Também que o atestado de capacidade técnica deferido à empresa teria sido assinado pelo próprio contratante, (o reitor) e que o técnico da EBDA responsável por atestar as condições de funcionamento da AVIMIL, era sobrinho do diretor-proprietário da empresa. (clique aqui para baixar a cópia da representação).
Atualmente, a notícia-crime encontra-se no Ministério Público de Vitória da Conquista. A ADUSB pretende dar andamento ao processo. “A ADUSB a partir de uma decisão de categoria, vai enfrentar essa questão tornando pública as denúncias, tomando os encaminhamentos jurídicos, mobilizando a comunidade universitária para discutir esse assunto para que a agente tenha uma universidade mais democrática, mais transparente e com controle público dos recursos”,disse Cristiano Ferraz.
Resoluções ADUSB
Após a reunião da ADUSB na tarde de terça (8) ficou decidida a convocação de uma reunião do CONSEPE (Conselho Superior de Pesquisa e Extensão), para falar do relatório. Uma assembléia com pauta única será convocada para tratar da questão da transparência da gestão e sobre a relação entre a UESB e a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FADCT). “Foram apontadas irregularidades em convênios que são administrados pela Fundação”, afirmou o presidente da ADUSB, “nós vamos fazer um debate mais ampliado sobre a gestão da universidade a partir dessa denúncia que surgiu e de outras tantas que vieram a tona sobre irregularidades na gestão universitária, sobre controle público e transparência, então nós vamos enfrentar esse debate aí”, concluiu.
A assembléia também votou pela convocação da imprensa para uma coletiva, onde serão denunciadas todas as acusações contra a administração da UESB e as resoluções da ADUSB.
Sobre todo o assunto envolvendo o programa da avicultura, o Reitor da UESB, Abel Rebouças emitiu uma nota de esclarecimento dizendo:
“Todas as recomendações apontadas pela AGE, foram colocadas em prática pela Administração da Universidade. A coordenação do Programa foi afastada ,e foram abertos uma sindicância (já concluída) e um processo administrativo disciplinar, que se encontra em andamento”, diz a nota, ressaltando ainda que “nenhum servidor público, no caso professores da UESB, pode ser punido sem a devida apuração e ampla defesa dos envolvidos, sob pena de ter efeito de nulidade o seu resultado”. (clique aqui e leia a nota na íntegra)
Pessoas envolvidas na gestão das empresas juniores da época, foram procuradas por nossa equipe, mas não quiseram dar entrevistas. Até o fechamento da matéria, não conseguimos contactar nenhum representante da AVIMIL, fomos inclusive ao Distrito de Lagoa das Flores, mas não localizamos os diretores.

Racismo na Uesb


Repasso. Esse é mais um crime hediondo que aconteceu dentro das dependências da UESB!

JBergher - Graduando de Filosofia!

NOTA DE DESAGRAVO AO PROFESSOR GILMAR CORREIA SILVA
No último dia 21 de outubro, durante a aula de Tecnologia e utilização de produtos florestais, no curso de Engenharia Florestal, ministrada pelo professor Gilmar Correia Silva, do Departamento de Fitotecnia e Zootecnia (DFZ), o aluno FELIPE OLIVEIRA DA SILVA AZEVEDO, ao ser chamado atenção pelo professor, respondeu-lhe chamando-o de MACACO. A atitude recebida com espanto e perplexidade pelos presentes, configurando claramente uma atitude de racismo, resultou, por parte do professor, a apresentação de uma noticia criminis na 1ª Delegacia Circunscricional de Vitória da Conquista em face de FELIPE OLIVEIRA DA DSILVA AZEVEDO por ato de racismo.
Diante desse lamentável acontecimento, a ADUSB vem publicamente prestar total solidariedade ao professor Gilmar Correia e repudiar veementemente a atitude desrespeitosa e racista do aluno FELIPE OLIVEIRA DA DSILVA AZEVEDO. Exigimos que o assunto seja imediatamente discutido nas instâncias competentes, a começar pelo Departamento, e que todas as providências administrativas e jurídicas sejam tomadas para punir o discente.
A assessoria jurídica da ADUSB já está tomando as providências necessárias para assessorar o docente na adoção de medidas judiciais na área cível e criminal contra o aluno. Ademais, a diretoria irá cobrar da UNIVERSIDADE todas as medidas necessárias.
É importante destacar que uma atitude desta natureza afeta todos os professores, devendo ser repreendida de forma exemplar por todas as instâncias competentes desta Instituição.
Fonte - adusb, acessado em 15 de Março de 2010.

segunda-feira, 15 de março de 2010

“A UESB confia e apóia a Polícia”


Quem fala em nome da UESB?
Por Isaac Bomfim Pereira**

No final do mês de janeiro Vitória da Conquista recebeu um banho de sangue que descia da periferia na parte alta da cidade e escorreu até chegar na Avenida Brumado onde fica localizado o Batalhão da Polícia Militar. Ao menos 20 pessoas foram mortas entre outras que foram arrancadas de suas casas e que desapareceram, essa onda de violência foi conseqüência da morte de um policial, que segundo informações da polícia, estava visitando um amigo e foi morto a tiros (?).
Quatro policiais foram reconhecidos como integrantes do grupo de extermínio que prendeu, julgou, torturou e matou jovens carentes da periferia conquistense, esses foram   levados a Salvador para prestar depoimentos e depois disso não se escuta falar mais nada relacionada a onda de violência provocada pelo enfrentamento da PM com o poder estabelecido dos traficantes nas comunidades carentes conquistenses, poder esse que supostamente tenha se dado com a propina paga a determinadas autoridades.
Mas além disso tudo outra coisa interessante chamou a atenção nesses dias de terror, a sociedade conquistense colocou faixas por toda a cidade dizendo que apoiava a ação da PM, talvez por que os mortos eram pobres e negros, e pobre e negro é bandido e bandido bom é bandido morto, mas quando a polícia matar o filho do comerciante em um suposto engano será que sairemos com nossas roupas brancas, soltando pombinhas e pedindo paz?
Só que o mais absurdo nessa história toda foi uma faixa onde se lia: “A UESB confia e apóia a Polícia Militar”, ora! Quem fala em nome da UESB em um assunto tão delicado como esse? A UESB enquanto instituição de ensino e produção (?) de conhecimento deveria procurar formas de debate entre a sociedade para a proposição de medidas que traga benefícios para a comunidade como um todo e principalmente para a comunidade carente.
Em qual espaço dentro da inerte universidade foi discutida a quem essa apoiaria no conflito? Onde foi discutido que o papel da UESB é escolher um lado e apóia-lo? A UESB é uma instituição, ou deveria ao menos tentar ser, pública, gratuita e democrática e não um cabo eleitoral de reitores que querem fazer carreira político-partidária como deputado estadual, a exemplo do Sr. Waldenor Pereira (PT) e do Sr. Abel Rebouças (PMDB). A Comunidade acadêmica precisa responder a mais esse absurdo que se comete com o nome da UESB, que passa por crises que vão desde a política da universidade até a coisa mais básica que é o ensino, pesquisa e extensão da mesma.
É preciso dizer um basta ao projeto de tornar o espaço acadêmico em um espaço acéfalo e sem criatividade, burocrático e tecnocrata. Um Basta na incompetência administrativa do SURTE (Rádio e TV UESB), na falta de condições básicas dentro da universidade para a formação de seres críticos. Ou a UESB começa a pensar ou é melhor fechar suas portas.



**Isaac Bomfim Pereira
Estudante de História da UESB
Ex-membro do CAHIS Prof. Tadeu Botelho e Ex-membro do DCE em movimento

Prazo da isenção da taxa do vestibular 2010.2 da Uesb já está definido


Os candidatos ao vestibular 2010.2 da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) têm entre os dias 23 e 30 de março para se inscrever na isenção da taxa do processo seletivo.

As isenções podem ser totais ou parciais, sendo que 670 é o número disponível do auxílio. 335 são para o campus de Vitória da Conquista, 235 para Jequié e 100 para Itapetinga.
Para realizar a inscrição, o interessado deve entrar no site da Uesb (clique aqui).

Maiores informações podem ser obtidas no edital.

sábado, 13 de março de 2010

Estudantes da UESB vão ao CONSU protestar contra os problemas vivenciados pela universidade, e para reivindicar o voto Universal nas eleições para a reitoria.

Esquenta o Processo Eleitoral na UESB



Em cumprimento à decisão prolatada nos autos da Ação Ordinária em curso na 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Vitória da Conquista, foi alterado o calendário eleitoral da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia,previsto para o dia 30 de março. Entendeu o Juiz que seria necessário a adequação das datas do Calendário Eleitoral, pois, em virtude do atraso na publicação da Resolução nº 02/2009 no Diário Oficial do Estado, não foi observado o interstício de 120 dias, conforme prevê o Regimento Interno, entre a publicação da Resolução e a realização da eleição. Assim, a Administração Superior da Universidade está promovendo os devidos encaminhamentos para que as datas deste processo sejam ajustadas.
O autor da ação, professor Itamar Aguiar, um dos candidatos à sucessão do atual reitor, Abel Rebouças pretendia que o juiz reconhecesse erros formais e materiais, supostamente cometidos pelos integrantes do CONSU quando da aprovação da Resolução 02/2009. Entretanto o Magistrado não acatou os pedidos formulados na ação, entendendo que não havia plausibilidade jurídica nas alegações, que viessem a macular o regulamento do processo. A decisão, à qual cabe recurso de agravo de instrumento, (que pode reformar a sentença, mantendo inalterado o calendário eleitoral previamente definido) determina tão somente a adequação no Calendário Eleitoral, para observar o interstício de 120 (cento e vinte) dias, em virtude do atraso na publicação da Resolução do CONSU no Diário Oficial do Estado, esclarecendo, em sua decisão, expressamente, que ficam“mantidos os demais termos da resolução”. Cumprida esta determinação liminar, o processo eleitoral terá tramitação regular, em conformidade com os termos aprovados na Resolução.
Para o pleito que definirá a sucessão do reitor atual, deverão concorrer três chapas lideradas pelos pré-candidatos Paulo Roberto, apoiado pelo atual reitor, professora Ana Angélica de Jequié, que tem como candidato a vice o professor Luiz Otávio, que concorreu com Rebouças no pleito passado e conta com o apoio do grupo do ex-reitor e deputado estadual Waldenor Pereira (PT) , e  Itamar Aguiar.

UESB: alunos do Curso de Medicina de Jequié fazem protestos em Vitória da Conquista e ameaçam entrar em greve por tempo indeterminado



Exigindo melhorias para o Curso de Medicina da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), campus de Jequié, os alunos fizeram protestos durante a reunião do Conselho Superior da Universidade (CONSU) na manha desta sexta-feira (12), no Campus de Vitória da Conquista.


De acordo as faixas e cartazes faltam professores, salas e materiais nos laboratórios. Caso nenhuma medida seja tomada os estudantes pretendem paralisar as atividades dentro dos próximos dias. Com fotos do blog da Resenha Geral

sexta-feira, 12 de março de 2010

Eleição para reitor da Uesb muda de data

Reunião decide que o pleito acontece no dia 20 de maio

Por Rodrigo Ferraz

Uma reunião foi realizada na manhã desta sexta-feira na Uesb pelo Conselho Superior da Universidade (CONSU) com o intuito de redefinir o novo calendário eleitoral para eleição de Reitor da instituição. O encontro aconteceu no auditório do Centro de Aperfeiçoamento Profissional (CAP) e contou com a presença de professores, estudantes e servidores dos três campi (Vitória da Conquista, Jequié e Itapetinga).

Ao final da reunião, ficou decidido que a eleição muda de data. A comunidade acadêmica irá escolher o novo reitor no dia 20 de maio, sendo que o período de campanha acontece de 03 a 18 de maio.

A mudança aconteceu devido a uma Ação Ordinária com Pedido de Tutela e Inibitória, movida pelo professor e pré-candidato a reitor da instituição, Itamar Aguiar. No documento, ele alegou que o mês de março seria atípico para as eleições, além de ter questionado o curto espaço de tempo para a campanha.

O presidente do CONSU e Reitor da Uesb, Abel Rebouças, reconheceu a falha e disse que o regimento eleitoral foi publicado fora de época. “Por isso, foi necessária a prorrogação do prazo para o pleito”, explica.

Conselho veta discussão do voto universal para Reitor da Uesb

Por Rodrigo Ferraz

Um grande alvoroço foi causado durante reunião do Conselho Superior Universitário no momento em que a maioria dos membros negou a discutir a modalidade de voto para a escolha do novo Reitor. Os estudantes se rebelaram com a iniciativa e gritaram: “Voto Universal, Voto Universal”. O movimento causou certo mal-estar para o presidente do CONSUL e Reitor da instituição, Abel Rebouças, além dos conselheiros que votaram contra essa discussão.

A professora do curso de Geografia, Suzane Tosta Souza, disse que o encontro foi frustrado, já que a categoria não teve a oportunidade de discutir esse assunto tão importante. “Estamos apontando uma série de questões falhas dentro desse conselho. Outro problema é que funcionários, nomeados da própria reitoria, terão o direito de votar, equivalendo a de muitos estudantes que entram na instituição de forma legítima”, explica.

Itamar Aguiar, professor da Uesb e pré-candidato a reitor, disse que já esperava que o conselho negasse a discussão da implantação do voto universal. “A comunidade universitária clama por isso. O que vimos nesse encontro é que esses equívocos que aconteceram desde a última reunião foram mantidos”. Ele ainda acrescenta que a escolha do novo calendário eleitoral também foi falho, já que o candidato só terá direito a 15 dias para fazer a campanha.

O estudante de direito da Uesb, Caio Ricardo, se mostrou totalmente contra o voto paritário, onde estabelece que professores e servidores possuam decisão maior no pleito. “A Universidade preza pela democracia e visa a formação de alunos para o mercado de trabalho. Hoje, o que vimos aqui, foi lamentável, pois o conselho se negou a discutir esse assunto tão importante. Não pode existir o fato do voto do professor valer 10 vezes mais o do estudante. Nós somos os únicos prejudicados, pois a instituição existe em função dos alunos. O momento agora é de manifestar o nosso pensamento e cobrar melhorias para essa situação”.

quinta-feira, 11 de março de 2010

PARA ONDE VAI A RÁDIO UESB? PARA O MERCADO FM?




11/mar/2010 . 18:27


Colegiado do Curso de Comunicação/Jornalismo – UESB
Por que não chamar logo a Rádio Uesb de 97,5 FM? Assim aproxima-se mais ainda de suas congêneres comerciais, a 96 FM, a 100,1 FM, hoje Transamérica FM, ou Band FM ou….
A própria escolha do nome já deixa transparecer o propósito que a preside, o de reproduzir um padrão de rádio no ar há mais de vinte anos. A recém inaugurada Rádio Uesb nasce então com um discurso envelhecido, repetindo os bordões das rádios privadas em busca de audiência e a conhecida voz empostada de seus locutores: “você está na melhor, Uesb FM”.
Melhor o que? Foram muitos anos de luta para a nossa universidade conquistar uma televisão e uma rádio públicas, patrimônio que poucas instituições acadêmicas dispõem, e o que se observa é o gerenciamento do Surte – Sistema Universitário de Rádio e Televisão Educativa – nos moldes das empresas privadas, em que a voz do dono ou de seus prepostos prevalece sobre os interesses coletivos.
Destaca-se a obscura forma como foram contratados os radialistas. Nossa preocupação também passa pela formação para o exercício do jornalismo. O ensino praticado nas faculdades é voltado em grande parte para o mercado, restrito a grandes redes empresariais, comprometidas com interesses privados.
Nós temos um curso de Jornalismo com doze anos de existência e vários alunos formados atuando em distintas áreas. Nosso propósito sempre foi de contribuir para a modificação e o aprimoramento do jornalismo praticado na região.
Agora, quando temos a oportunidade de dispor de nossos próprios veículos de comunicação, enquanto instituição e como curso, em que não precisaremos mais nos submeter aos ditames do propalado mercado e nas suas fórmulas de enquadramento, vemos nossos sonhos serem transformados em quimeras, pelas mãos de nossos próprios dirigentes e nos prepostos por eles delegados para cumprir a missão de ‘tocar’ a nossa rádio e a nossa televisão, segundo seus próprios interesses e visão de mundo e de comunicação.
Qual a diferença, em termos de programação, de enfoque, de pauta, em relação às emissoras privadas de rádio e televisão?
O que irão aprender nossos alunos estagiários em emissoras que se estruturam sob este perfil?
Onde se encontra o experimentalismo, a inovação, a ousadia, característica de quem busca o novo, sem medo de errar neste caminho?
Por que não lançar um olhar sobre o que se anda fazendo na Rede Pública de Rádio e Televisão e em outras rádios e televisões universitárias?
Por que não se pautar nos indicativos aprovados na 1ª Conferência Nacional de Comunicação?
Para nós, a premissa fundamental que deve orientar uma rádio e uma televisão universitária e educativa é o conceito de emissora pública, que presta serviços aos seus públicos e que deve se pautar por uma perspectiva de construção da cidadania. Este deve ser o caminho que norteia a estruturação da programação, e não o contrário, a criação de programetes sem articulação entre si e que apenas realizam a intenção de seu produtor e do gestor institucional.
Onde aparece o Conselho Deliberativo do Surte, órgão responsável, segundo determinação do Consu, pela definição e aprovação da programação da rádio e da televisão da Uesb?
Mais uma vez deverá cumprir com a rádio o mesmo papel que lhe foi imposto no caso da televisão Uesb, o de aprovar a grade de programação meses depois de estar no ar, em que uma situação de fato já se configurava e que não havia como retirar os programas do ar.
Inclusive o Colegiado de Comunicação e a representação da Adusb, que têm assento neste Conselho, sentem-se constrangidos de ter que assumir este tipo de responsabilidade regimental. Não mais o faremos!
A rádio e a televisão públicas ocupam um lugar privilegiado de distribuição de poder, cujo potencial está em pleno desenvolvimento. Este modelo sugere uma alternativa ao profissional de jornalismo. Propõe uma aproximação entre o ensino nas faculdades de comunicação e uma atividade mais liberta, distinta da realizada em âmbito empresarial.
Proporciona uma aproximação entre a teoria e a prática, na busca de uma Comunicação Social maisética, livre e consciente do seu papel junto às comunidades onde se insere. 

Vitória da Conquista, 11 de março de 2010.



Colegiado do Curso de Comunicação/Jornalismo – UESB

quarta-feira, 10 de março de 2010

Professor Itamar Aguiar comenta suspensão da eleição para reitor da Uesb

Autor: Ascom . Álvaro Pithon

Fonte: Blog da Resenha Geral

A eleição para reitor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) foi adiada por força de uma Ação Ordinária com Pedido de Tutela e Inibitória. A iniciativa partiu do pré-candidato Itamar Aguiar (foto), que participou da Resenha Geral desta terça-feira (09).

No momento da entrevista, ele citou que essa ação foi movida porque houve fragilidade no pleito. “Estou nesse programa para prestar esclarecimento de interesse social. Sou um educador e por isso tomei a decisão de mover esse pedido. É preciso fazer justiça”, destaca o professor.

Aguiar também destacou que o mês de março é atípico para as eleições e lembrou que sempre foi a favor do voto universal desde a década de 80, juntamente com tantos outros professores da instituição.

terça-feira, 9 de março de 2010

Justiça suspende eleição de reitor na UESB


Marcada para o dia 30 de março, a Eleição 2010 na UESB – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia será adiada por força de uma Ação Ordinária com Pedido de Tutela e Inibitória, movida pelo professor e pré-candidato a reitor da instituição, Itamar Aguiar, que foi acatada liminarmente pelo juiz auxiliar da 1ª Vara da Fazenda Pública, Daniel Lima Falcão. Além de questionar as regras eleitorais que foram alteradas pelo CONSU, em reunião do dia 26 de outubro, Aguiar, pretende remover todos os atos considerados ilícitos no processo de escolha do novo reitor. Na qualidade de pré-candidato, Itamar Aguiar defende o voto universal em sintonia com a Constituição Federal que estabelece no Art. 14 A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei. Esta outra questão merecerá atenção especial do pré-candidato que entende que uma decisão através do voto paritário gera desequilíbrio no processo. Para o pleito que definirá a sucessão do atual reitor, deverão concorrer três chapas lideradas pelos pré-candidatos Paulo Roberto, apoiado pelo atual reitor; Abel Rebouças, professora Ana Angélica de Jequié, que conta com o apoio do grupo do ex-reitor e deputado estadual Waldenor Pereira, e por fim a de Itamar Aguiar, único que defende o voto universal como forma de escolha do novo reitor. (Fonte: Resenhageral). E ao que parece as coisas na Uesb demoram para acontecer, inclusive para mudar de reitor, pois toda vez que tem eleição, o atual reitor sempre tem o maior apoio da maioria, muitos ao que parece ficam com medo de votar em outro e perder seu emprego. Será que desta vez vai haver mudança? O fato é que as eleições na Uesb são sempre regadas de algums mistérios e muitos questinamentos. Mas já que é democracia, quando a justiça liberar as eleições, que prevaleça então a vontade da maioria.