DEDICO AOS QUE SE OMITEM:
por: Mikelle Maya
Venho manifestar meu desapontamento para com a maioria dos professores da UESB educadores universitários, a quem julgo pontes quebradas e péssimos exemplos para os discentes em formação e que precisariam do exemplo edificante, do testemunho corajoso e do compromisso com a decência e coerência entre o que se prega e o que efetivamente se realiza. Os professores, em sua grande maioria, ao se OMITIREM do processo eleitoral para reitoria da UESB, quadriênio 2010-2014, demonstram para nós estudantes uma grande incoerência entre os discursos em sala de aula sobre democracia, justiça social, dignidade, transparência, bem comum, direitos humanos, socialização e democratização da comunicação, educação pública socialmente referenciada, reparação das desigualdades históricas, etc. e a prática MESQUINHA, MERCENÁRIA e PROMÍSCUA ao se SILENCIAREM por vantagens pessoais e conivência com o STATUS QUO DOMINANTE.
É aos senhores professores e (DÊS)ECUDADORES que dirijo a minha INDIGNAÇÃO e a minha OPINIÃO: vossos títulos de mestres e doutores não me dizem praticamente NADA; sendo os senhores provenientes de instituições públicas (o que salienta meu descarrego), ou particulares (prova do fracasso desse modelo educacional); uma vez que não vejo as contribuições intelectuais, acadêmicas, científicas e sociais a que essa maioria se presta. VEJO professores e (DÊS)EDUCADORES mesquinhos e exibicionistas barganhando e aliciando estudantes com bolsas de seus projetos de pesquisa e da extensão. Raramente se constata na UESB projetos comprometidos com a reconciliação do homem com si mesmo, com a promoção humana e social da Comunidade (razão de ser da universidade) e com o nosso injustiçado meio ambiente.
Os senhores PROFESSORES e NÃO educadores com seus títulos não me dizem nada, porque não lhes vejo socializar opiniões intelectualmente claras e pessoalmente(dês) contaminadas do ego e/ou desejos mesquinhos, fruto da filosofia do: “Você É o Que Você Tem”, ou o que parece ter. Muitos dos senhores estão semeando mais uma semente para essa nação de mortos vivos crescer e se perpetuar. Ou como preferiria Foucault: umcâncer maligno do poder, manifestando-se em cada relação (im)pessoal, provocando dor e(dês)equilíbrio. Nosso sistema é hipnótico! Hipócrita. Os senhores não são os responsáveis, como formadores, pela manutenção dessa realidade?
Queridas, queridos, acordem! Nossa evolução é preguiçosa; malditas idades mecânicas e cíclicas da história. Vendemos nossa liberdade, prostituímos a virtude. Nos permitimos que fizessem de nós marionetes tranqüilas e contentes com a corrupção, com a injustiça, com o privilégio, com a negação da verdade. Nos portamos como a criança pura e entediada que chora e esperneia até ser comprada por um doce (ou no caso dos senhores, por alguma bolsa de estudo, algum projeto privilegiadamente aprovado). Os senhores são permissivos e coniventes com a burocracia das cartas marcadas e muito bem embaralhadas desse jogo incoerente de uma farsa chamada democracia. O CHICOTE SÓ MUDOU DE AÇOITE!
**Mykelle Maya, Estudante de Comunicação/Jornalismo, Uesb
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